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MOVIMENTO AUTISMOS PLURAIS - MAP -MOVIMENTO PELA NEURODIVERSIDADE E ANTI-CAPACITISTA

 

 

 

 

Somos um movimento criado por pais, profissionais e familiares de crianças autistas.

Plurais pois são muitos autismos, há uma heterogeneidade muito grande na condição. Reconhecemos, ao mesmo tempo, que cada um é único, singular em sua forma de ser, que a identidade "autista" é construída sócio-hitoricamente e não dá conta da unicidade de cada pessoa.

Somos adeptos à neurodiversidade e defendemos o autismo como fruto da variabilidade neuronal e da diversidade humana, como um modo próprio de subjetivação e de estar no mundo. Reconhecemos a força da noção da neurodiversidade no âmbito sócio-político, mas também suas limitações para combater o binarismo "nós e eles", "normais e anormais", "humanos e menos-que-humanos".

Somos contra qualquer visão patologizante e estigmatizante do autismo, que o concebe pela linguagem das "faltas e do déficit", e apenas reforça os preconceitos, o capacitismo.

Acreditamos que não há um jeito certo de ser, de interagir ou de se comunicar; que não há formas de vida mais "eficientes" que outras e que o valor de um ser humano não se mede pela sua produtividade.

Somos contra o capacitismo e qualquer forma de discriminação, que vai desde atos explícitos até aqueles mais implícitos, como a piedade, que subjuga o outro a um lugar de inferioridade. 

Acreditamos que a visão médica tradicional, de enxergar o autismo como doença - ainda que nenhum marcador biológico possibilite o diagnóstico - enxergando o modo de ser-no-mundo da pessoa como uma "doença", mesmo com as melhores intenções possíveis, acaba atribuindo um valor negativo à pessoa como um todo e sendo um resquício da ideia de degenerescência de Morel e, consequentemente, resquício de um pensamento eugenista - de que uns seres humanos "valem" mais que outros - que tanto mal fez com o aval da Medicina no regime Nazista.

E acreditamos que a plena realização do ser humano passa pelo amor, pelos processos de humanização, por práticas de cuidado, respeito e por meio da responsabilidade pelo outro, pela a alteridade em sua vulnerabilidade. Vulneráveis que tod@s somos, mas alguns/mas duplamente vulneráveis em virtude das exclusões sociais. 

Acreditamos que esta é a única maneira de nos tornarmos verdadeiramente humanos, de nos abrirmos ao humano, que o humano não  passa pela racionalidade lógica/europeia, mas sim pela via da sensibilidade, do acolhimento, pela abertura e doação ao outro, pela concretização dos atos de amor.

Juntem-se a nós!

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

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